MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


JORGE COUTINHO


Jorge Coutinho nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 6 de setembro de 1934, no bairro de São Cristóvão. Ele era o filho menor da dona de casa Mercedes Antônia e do marmorista Manoel Coutinho. Nasceu pelas mãos de sua avó materna, a famosa parteira Marta Rocha.

De infância muito pobre, estudava sob luz de lamparina e carregava lata d’água na cabeça, para os afazeres domésticos. Começou a trabalhar muito cedo, como lixador, numa fábrica de sapatos do bairro. Mas aí conheceu o mundo das escolas de samba. E achou tudo fantástico. Sua avó paterna, dona Ercília, pertencia à Escola de Samba Capela. Mas esta morreu e Jorge teve de ir morar com sua mãe, procurando ser bombeiro hidráulico.

Estava com 18 anos, quando foi servir o Exército e aprendeu a ser bombeiro eletricista. Sendo assim, tinha condições de procurar emprego melhor e foi trabalhar no luxuoso Hotel Copacabana. De lá, para passar para a arte foi um pulo. Começou assistindo aos shows, no Cassino do Hotel. Viu a apresentação de grandes companhias artísticas. Apaixonou-se totalmente pela música.

Matriculou-se então no Conservatório Musical e também na Escola de Teatro O Tablado. Estava decidido a fazer carreira artística.

Foi ator, pela primeira vez, na peça: “Do Mundo Nada se Leva”, em 1958. Em 1960, participou do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes- CPC/UNE. Seu ideal era levar cultura e teatro aos centros mais pobres.

Entrou para o movimento do Cinema Novo e para o Grupo Opinião.Divulgava músicas de cantores desconhecidos.

Jorge Coutinho e Leonides Bayer criaram o espetáculo: “Noitada de Samba”, que ficou em cartaz por 10 anos. Mas esse movimento foi considerado “comunista” e Jorge foi exilado para a Argentina.

Quando voltou do exílio, foi fazer televisão. Entrou na novela: “Passo dos Ventos”, na Rede Globo e novamente chocou a opinião pública, pois ele, um negro, fazia par com uma atriz branca e a beijava. Escândalo! A novela era de Janete Clair. Fez outras coisas em televisão, sendo que em 2006, fez: “Filhos do Carnaval”.

Em cinema, atuou em: “Crioulo Doido”, em 1971; “Memórias do Cárcere”, em 1984. Em 2008, participou de: “A Ilha dos Escravos”.

Com sua carreira artística consolidada, Jorge Coutinho entrou no sindicalismo. Em 2004, foi eleito presidente da SATED/RJ. Ele teve 65% de aprovação nas urnas sindicais.

 
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