MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


JOFRE SOARES


José Jofre Soares nasceu na cidade de Palmeira dos Índios, interior de Alagoas, em 21 de setembro de 1918.

Inscreveu-se na Marinha e foi embarcadiço e oficial da marinha por 25 anos. Quando se aposentou e voltou à terra firme, achou sua vida sem graça e resolveu trabalhar num circo de sua terra, e passou a ser palhaço de circo. E foi aí que o grande cineasta Nelson Pereira dos Santos, então em início de carreira, o viu trabalhando e o convidou para participar de seu filme “Vidas Secas“, em 1964. Jofre aceitou, sem nunca imaginar que estava começando ali sua segunda vida, e de muito sucesso, a de ator.

Jofre não parou mais de trabalhar, principalmente no Cinema, e chegou a ser considerado um dos maiores atores brasileiros, não só pela qualidade de suas interpretações, como pela quantidade delas. Ele se transformou então num grande ator cinematográfico, mas fez também televisão, tendo participado de várias novelas com seu tipo bem brasileiro, bem nordestino, de pele bronzeada e cabelos ligeiramente encaracolados.

Jofre Soares participou de quase 100 filmes nacionais. Fazia uma média de três por ano. E alguns de grande cotação junto à crítica e ao público. Jofre, agradecido, costumava dizer que foi Nelson Pereira dos Santos que o conduziu à vida, ao buscá-lo em Palmeira dos Índios. Mas Nelson respondia que foi lá, naquela cidade, que ele havia encontrado um diamante bruto, que foi fácil demais lapidar.

Entre os inúmeros filmes de Jofre se destacam “O Grande Sertão”; “A Hora e a Vez de Augusto Matraga”; “A Grande Cidade”; “Terra em Transe”; “A Madona do Cedro”; “Maria Bonita, Rainha do Cangaço”; “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro”; “Corisco, o Diabo Loiro”; “A Guerra dos Pelados”; “O Profeta da Fome”; “São Bernardo”; “Sagarana, o Duelo”; “O Amuleto de Ogum”; “Os Pastores da Noite”; “Guerra Conjugal”; “O Predileto”; “O Menino da Porteira”; “Padre Cícero”;  “Fogo Morto”; “Crueldade Mortal”; “O Crime do Zé Bigorna”; “Tenda dos Milagres”; “Coronel Delmiro Gouveia”; “Chuvas de Verão”; “ByeBye Brasil’; “O Caçador de Esmeraldas”; “Dora Doralina”; “Gabriela, Cravo e Canela”; “O Filho Adotivo”; “Águia na Cabeça”;  “Trigipió- Uma Questão de Honra”; “Dias Melhores Virão”; “A Terceira Margem do Rio”; “Felicidade É” e “Baile Perfumado”.

A vida televisiva de Jofre Soares foi bem menos intensa, mas também foi marcante. Ele iniciou sua carreira na Televisão Tupi, em 1968, na revolucionária novela “Beto Rockfeller“. Na mesma emissora fez ainda “Super Plá” e “A Volta de Beto Rockfeller“. Em 1979 foi para a TV Bandeirantes, onde atuou em “O Todo Poderoso” e “Rosa Baiana“. Na TV Cultura fez “O Coronel e o Lobisomem” e na TV Globo, a minissérie “Padre Cícero“; a novela “Transas e Caretas“; a minissérie “Riacho Doce” e a novela “Renascer”.

No SBT ele fez as novelas “Jerônimo”, “Jogo do Amor” e em 1995, o remake de “As Pupilas do Senhor Reitor”, e também atuou na TV Manchete, em 1986, na novela “Mania de Querer”. Ele só aceitava fazer televisão, quando sua grande vocação, o cinema, o liberava.

Jofre Soares faleceu na capital paulista, em 19 de agosto de 1996, aos 79 anos de idade, com câncer de intestino e leucemia. Trabalhou até os últimos dias de vida, quando estava preparando a peça teatral “Memórias de um Sargento de Milícias”.

 
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