O nome completo de João Calmon era João de Medeiros Calmon. Nordestino, da cidade de Colatina, na Bahia. Nasceu em 7 de setembro de 1916 e faleceu em São Paulo, capital, em 11 de setembro de 1999.
João Calmon era advogado, jornalista, empresário e político, tendo sido um dos mais importantes diretores gerais da Rede Associada de jornais e emissoras de rádio e televisão do Brasil- as chamadas Emissoras Associadas, de propriedade de Assis Chateaubriand. Era chamado por todos de doutor Calmon.
Família: Descendente de famosa família baiana, onde se destacaram o Marquês de Abrantes e Pedro Calmon, João Calmon era filho de Augusto Pedrinha Du Pin Calmon e de dona Virgínia de Medeiros Calmon. Formou-se pela Faculdade Nacional de Direito. Começou cedo a trabalhar nos Diários Associados, na condição de repórter do Diário da Noite. Foi transferido para Fortaleza , onde dirigiu o Diário do Ceará.
De 1940 a 46, Calmon trabalhou na expansão do grupo, quando foi adquirido pelo grupo um número grande de emissoras de rádio e também de jornais, por todo o país. Isso guindou João Calmon ao cargo de Diretor Regional do conglomerado para o Norte e Nordeste do Brasil.
Foi então chamado para o Rio de Janeiro e ali dirigiu as Rádios Tamoio, Tupi, e mais tarde a TV Tupi, quando ela foi adquirida no Rio e inaugurada em 1951. Com a falecimento de Assis Chateubriand, o grupo foi transformado em um condomínio, com a colaboração do grande jurista Vicente Rao e João Calmon transformou-se em um dos condôminos e vice-presidente do grupo.
Política: Ao mesmo tempo, Calmon entrou na política, pela legenda do PSD. Foi eleito deputado federal em 1962; Era opositor de presidente João Goulart e foi então preterido ao cargo de vice-presidente na chapa do General Costa e Silva, pelo comando da ARENA. Foi eleito então, pela segunda vez, deputado federal, em 1966. Em 1970, elegeu-se senador e em 1978, escolhido senador biônico. Foi quando apresentou no Congresso emenda destinando percentuais fixos de investimento em educação, pela União(18%), pelos estados e municípios( 25%)
Sua proposta foi aprovada e aperfeiçoada com o tempo. Quando, em 1979, foi extinto o bipartidarismo, João Calmon passou para o PDS e depois para o PMDB. Foi reeleito senador, em 1986. No final de seu terceiro mandato, retirou-se da vida pública e ficou trabalhando no Instituto Legislativo Brasileiro.
João Calmon faleceu em 11 de janeiro de 1999. Estava com 83 anos.