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JOÃO CABRAL DE MELO NETO


João Cabral de Melo Neto nasceu no Recife, a capital dos pernambucanos, em 06 de janeiro de 1920, tendo sido registrado três dias depois.

Nos anos 1940 se muda para o Rio de Janeiro, com o propósito de ingressar na carreira diplomática e em 1942 lança seu primeiro livro, “Pedra do Sono“, com seus iniciais poemas pela Editora do Autor.

Em 1945, surge seu segundo livro, “O Engenheiro“, pela Editora Amigos da Poesia, e em 1954, recebe o prêmio literário de poesia do IV Centenário da Cidade de São Paulo, que tinha por patrono José de Anchieta, com a apresentação de seu poema “O Rio”.

Durante toda a década de 1950, João Cabral teve sua obra literária colocada entre os melhores lançamentos do País. Em 1956, publica pela Editora Jose Olympio, a maior casa editorial daquela época, o clássíco “Duas Aguas“, onde está o consagrado poema, “Morte e Vida Severina”, que posteriormente seria adaptado para Teatro (com direção de Silnei Siqueira e Roberto Freire e trilha sonora de Chico Buarque); para o Cinema (com direção de Zelito Vianna) e para a Televisão (com direção de Walter Avancini, e exibido pela TV Globo em 22 de dezembro de 1981, no “Caso Especial”).

Em 15 de agosto de 1968, é eleito para a Cadeira nº 37 da Academia Brasileira de Letras, anos depois de ter sido ganhador do tradicional Premio Olavo Bilac da ABL por seu livro “Poemas Reunidos”, sucedendo Assis Chateaubriand. Em sua solene posse, ocorrida em 06 de maio de 1969, é recepcionado na “Casa de Machado de Assis”, pelo também nordestino José Américo de Almeida.

Ele receberia o Troféu Juca Pato da União Brasileira de Escritores, e influenciou muitos
valores literários que vieram depois dele como seu sucessor na Academia Brasileira, Ivan Junqueira, bem como Ferreira Gullar, que sucedeu Ivan em 2014.

Sempre pioneiro, foi o primeiro poeta retratado na coleção “Poetas Modernos do Brasil”, publicado pela Editora Vozes em 1971, num caprichado volume elaborado por Benedito Nunes, com a coordenação editorial de Affonso Avila.

Em 1990, é o primeiro escritor brasileiro premiado com o Premio Camões de Literatura, escolhido por conceituado juri, em que os escritores Antonio Houaiss,Herberto Salles e Afranio Coutinho fizeram parte.

Em 1992, ganhou o Premio Estado de São Paulo, láurea máxima do Memorial da América Latina, solenidade em que o escritor Jorge Amado fez questão de comparecer para cumprimentar o amigo de tantas décadas, por mais essa merecida conquista artística.

Também detentor do Premio Jabuti, do Premio de Poesia do Instituto Nacional do Livro;  do Grande Premio da Crítica em Literatura da Associação Paulista dos Críticos de Artes e o Premio Golfinho de Ouro do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro.

João Cabral de Melo Neto faleceu em 09 de outubro de 1999, aos 79 anos, ostentando o Título de Maior Poeta Vivo do Brasil e um dos maiores da língua portuguesa.

Seu legado cultural é imenso e sua qualidade literária, documentada por exemplo no Caderno de Literatura Brasileira nº 01 do Instituto Moreira Salles, novamente relevando seu pioneirismo, sua magnificência e seu incrível valor como um dos maiores escritores de todos os tempos.

 
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