Maria Isaura Bruno nasceu em 23 de junho de 1917, em Vila Ribeiro, Fazenda Santana, interior de São Paulo.
Após perder o pai com 3 anos e a mãe, quando estava com 11 anos, foi criada pela avó materna, mas foi expulsa da casa, após a morte desta. Não quis ir trabalhar na roça,e foi trabalhar na casa de uma família, para ajudar na cozinha.
Apesar de todas as dificuldades, ficou uma moça alegre, que gostava de ir aos bailes e às gafieiras, depois do trabalho. Mas ela engravidou sem estar casada e então não podia dormir mais no emprego e ficou sem casa. Dormia em abrigos, em igrejas, em casarões antigos onde alugava uma cama, mas a filha acabou morrendo de pneumonia, com poucos meses da idade.
Foi o diretor de rádio, e mais tarde de televisão, Walter Forster quem conheceu Isaura em um desses bailes e a convidou para trabalhar no filme “Luar do Sertão”, isso em 1949. Três anos depois fez o filme “Simão, o Caolho” com Mesquitinha.
Na TV ela estreou em alguns comerciais em 1954, na TV Tupi, e depois foi para o elenco da TV Paulista, onde estreou em 1958, participando dos teleteatros da emissora.
No Cinema ainda participou dos filmes “O Vendedor de Linguiça” em 1962 e “O Rei Pelé” em 1963, até chegar a sua grande chance na TV e na carreira: foi convidada para viver o papel de Mamãe Dolores na novela “O Direito de Nascer” na TV Tupi, em 1964. Virou estrela adorada no Brasil inteiro.
Em seguida atuou nas novelas “O Preço de uma Vida” ao lado de Sérgio Cardoso e em “O Anjo e o Vagabundo”, ambas na TV Tupi. Também esteve na versão de 1967/1968 de “O Sítio do Pica-Pau Amarelo”, na TV Bandeirantes, vivendo a Tia Nastácia.
Atuou ainda no filme “O Jeca e a Freira” em 1968 e na novela “A Cabana do Pai Tomás”. na TV Globo, em 1969. Seu último trabalho foi no filme “A Marcha“, estrelado por Pelé, em 1972.
A atriz Isaura Bruno faleceu em 02 de maio de 1977, na Santa Casa da cidade de Campinas, totalmente esquecida pela mídia, vitimada por um infarto, aos 60 anos de idade.
