Ignês Madalena Aranha de Lima nasceu no bairro da Barra Funda, na cidade de São Paulo. em 4 de março de 1925.
A família do pai sempre foi muito musical. Ninguém era profissional, mas todos tinham paixão pela música e tocavam instrumentos musicais. Ela estudou sempre no Colégio Caetano de Campos, no centro da capital paulista, de desde pequena gostava de declamar, cantar e tocar violão, mas apaixonou-se por viola. Cantava em quermesses, igrejas, festas de aniversário, sem nunca pensar que viria a ser uma profissional.
Em 1947, ela se casou com o cearense Adolfo Cabral Barroso e começou a viajar por todo o nordeste brasileiro. Adotou o nome de Inezita Barroso e se apresesntava em rádio. Chegando a São Paulo, foi cantar na Rádio Nacional. Em 1954, foi para a TV Record, que estava dando seus primeiros passos. apresentando o programa “Vamos Falar de Brasil”, e foi, aos poucos, tornando-se uma cantora da música brasileira de raízes.
Foi para o Cinema e na Companhia Vera Cruz atuou em “Ângela”; “O Craque”; “Destino em Apuros”; “É Proibido Beijar” e “Mulher de Verdade”.
Ganhou na sua vida artística todos os prêmios possíveis: sete “Roquete Pinto”, maior troféu da época e ainda o “Saci”, do Cinema e o Prêmio Sharp como melhor cantora. Ela estudou folclore “in loco”, indo por todo o interior brasileiro buscando as raízes, as danças, os sons e as músicas. Gravou 78 discos, entre 78 Rotações, LPs e CDs. Uma música sua de grande sucesso foi “Marvada Pinga“, e outro grande sucesso foi “Lampião de Gás”.
Inezita Barroso começou na TV Cultura, em 1980, com o programa “Viola, Minha Viola”, apresentado, nos primeiros anos, ao lado do radialista Moraes Sarmento, sempre divulgando violeiros e cantores sertanejos, que ficou no ar até a sua morte, em 2015.
Foi professora de Folclore em várias faculdades e recebeu o título de Cidadã Paulistana na Câmara de Vereadores de São Paulo, além de ter sido enredo de escola de samba.
Inezita Barroso possuia uma voz semímpar, e faleceu em 8 de março de 2015, aos 90 anos de idade, na cidade de São Paulo, de insuficiência respiratória.