Seu nome completo era Haroldo de Andrade Silva. Ele nasceu em Curitiba, capital do Paraná, em 1º de maio de 1934. E faleceu no Rio de Janeiro, em 1º de março de 2008. Era radialista e publicitário. Trabalhou em emissoras de rádio e de televisão.
Na infância, para colaborar com a família, Haroldo de Andrade foi office-boy no comércio. Mas sempre que tinha uma pequena folga, apresentava-se no serviço de alto-falantes local e pedia par anunciar produtos dos seus amigos. Assim começou a ganhar um dinheirinho e entrou também para o campo da publicidade. Conseguiu em seguida entrar para a Rádio Clube Paranaense, pois tinha boa voz e ótima dicção.Passou atuar como locutor,apresentando o “Grande Programa RCA- Victor”, que tinha um repertório de músicas clássicas.
Haroldo estava com 20 anos, quando deixou sua cidade e foi para o Rio de Janeiro, então Capital Federal. Em 1954, começou a trabalhar na Rádio Mauá. O rádio tinha muita audiência e popularidade. E o jovem paranaense criou o “Programa Musifone”, uma novidade e uma criatividade ímpar, pois era um programa interativo( embora esse nome ainda não fosse usado) pois os ouvintes interagiam, através do telefone. E o programa passou a logo ser o 1º em audiência.
Haroldo de Andrade passou para a Rádio Globo e lançou o “Programa Haroldo de Andrade”, em 1961. Era uma mesa de debates sobre diversos temas, e que, embora fosse o tempo da Revolução de 64, ninguém o incomodou e Haroldo seguiu em frente.
Passou então para a televisão. E esteve nas TV Excelsior, TV Tupi e TV Globo, sempre com sucesso de público.
Sua popularidade era tanta, que gerava casos curiosos, como de uma fã, que ia todos os dias ficar em frente à emissora em que Haroldo de Andrade estava, sempre vestida de noiva, disposta a se casar com ele, a hora e quando ele quisesse.
O “Programa Haroldo de Andrade” e o “ Debates Populares” ganharam todos os prêmios da época e foi considerado o “ Melhor Programa Radiofônico da América Latina”. E durou no ar mais de 4 décadas.
Mas, depois a Rede Globo resolveu, com seu crescimento e suas redes, nacionalizar toda a sua programação. Haroldo de Andrade era contra, pois sua audiência era destinada ao Rio de Janeiro e redondezas. Houve desentendimento entre ele e a alta direção. E um dia, inesperadamente, sem sequer aviso prévio, o “ Programa Haroldo de Andrade” foi tirado do ar.
Pode-se dizer que aí começou o fim daquele que por tantos anos era o rei da audiência.
Haroldo quis montar a” Rádio Haroldo de Andrade”. Lutou muito por isso. Conseguiu, colocou a emissora no ar e esta começou a crescer, mas sem ele próprio saber por que, começou a declinar. Cidinha Campos, que era sua contratada, deixou a emissora e Haroldo foi ficando doente. Parecia-lhe que tudo estava contra.. Diversos problemas de saúde o afastavam do microfone. Ficou diabético, teve problemas de coração, colocou marca-passo,teve uma queda brutal, ficou hospitalizado e veio a falecer em 1º de março de 2008.
Estava com 74 anos.
A Rádio Haroldo de Andrade foi extinta em 5 de maio de 2008, pois a emissora foi vendida para o grupo “ Canção Nova”, de emissoras católicas.
O Governo do Estado do Rio, anunciou que daria o nome do radialista a um conjunto habitacional a ser construído na Zona Norte do Rio, no programa: “Minha Casa, Minha Vida”, o que ainda não ocorreu.
No interior do Metrô da Estação Glória, foi erguido um busto do radialista, feita por Edgar Duvivier. Foi o que restou, em sua homenagem.