MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


GUY LOUP


Guy Loup chama-se Guylêne Magdelêne Anne Marie France Marcellino. Nasceu na França, em Nice, no dia 11 de fevereiro de 1948. A mãe Suzane era uma eximia professora de francês, hoje aposentada e o pai, monseier Rogê, agente de seguros, aposentado também, mas com bastante saúde. Guy Loup veio para o Brasil muito pequena e logo aprendeu português, tornando-se interprete de sua mãe. Fez o primário, ginásio e o clássico, sempre como boa aluna. Mas aí o pai conheceu o Dr. Julio Gouveia, que era do TESP – Teatro Escola São Paulo, que achou a menina francesa bonitinha com seus caxinhos e laçarotes e a levou para o teatro.

A ida para a Televisão Tupi foi então imediata, pois Julio Gouveia e sua esposa Tatiana Belinky tinham programas infanto-juvenis naquela televisão. E a garotinha fazia os bichinhos, as florzinhas, as garotinhas. Participou bastante do “Sitio do pica-pau amarelo” , programa importante na época. E, embora se sentindo muito feliz, a garota, já crescidinha, foi contratada por Cassiano Gabus Mendes para o elenco fixo da TV Tupi. Aí começou a participar dos “TV de Vanguarda”, “TV de Comédia”, “Grande Teatro Tupi”. Já estava uma mocinha muito bonita e desembaraçada. Todos gostavam dela.

Fez vários amigos, entre os quais Geraldo Vietri, que muito a escalava. Começou a participar também de novelas, como: “A outra”, “Quando o amor é mais forte”. Mas o grande acontecimento se deu, quando Guy Loup foi convocada para ser Isabel Cristina, na novela “O direito de nascer”. Nem ela, nem a direção da emissora esperavam tão grande sucesso. Por todo o Brasil multidões queriam ver de perto o jovem casal: Guy Loup e Amilton Fernandes. Tanto que a moça abandonou o nome Guy Loup e passou a ser a Isabel Cristina. Durante a fase da novela, que foi longa, foi tudo maravilhoso. Mas a novela acabou. Amilton Fernandes faleceu em desastre de automóvel, no Rio de Janeiro, e tudo se acabou. Mas se acabou de tal forma, que Isabel Cristina – Guy Loup nunca mais foi escalada para nada, caiu em total ostracismo.

Tentou mudar o tipo, posou para a revista “O Cruzeiro” mostrando as pernas, apenas as pernas e o colo, e foi desprezada, penalizada. Quase morreu, a jovem Guy Loup. Começou, ela que já era espiritualista, a desenvolver ainda mais seu lado místico. E, depois de anos, já completamente recuperada, voltou para o rádio em função daquilo que ela chama: “A minha missão”, a Mãe Guy. Pertencendo ao candomblé, ela dá conselhos pessoalmente, por telefone ou pelo rádio. Seu programa ficou na rede da Rádio Capital por dez anos, com imenso sucesso. Diz Guy Loup que já atendeu 300.000 pessoas. Uma enormidade. E ela diz queé apenas o “veículo”.

Nada mais que isso. Guy Loup foi casada, mas teve desentendimento sério com o marido, o que segundo ela, a afastou de seus filhos. Muito magoada, e após anos, resolveu adotar duas crianças, que são agora os seus filhos. Tem também uma escola de teatro e continua à toda, embora fora da mídia. E diz que está feliz, embora chore, ao lembrar certas passagens de sua vida. Esta é a Guy Loup, a Isabel Cristina de “O Direito de nascer”.

Guy Loup mora naFrança, com seus dois filhos adotivos.

 
Apoio
ABCD Nossa Casa
ABCcom
ABERT
ABTU
ACESP
Apodec
Centro Universitário Belas Artes
BRAVI
Coleção Marcelo Del Cima
Comunique-se
Fórum SBTVD
Grupo Observatório
Gugu Vive
IBEPEC
Kantar Ibope Media
O Fuxico
Radioficina
RITU
SET
Sindicato dos Radialistas de São Paulo
TUB
TudoRádio
Universidade Anhembi Morumbi
APJ
UBI
Vela – Escola de Comunicação