Guilherme Flores da Cunha Corrêa nasceu em Quaraí, no Rio Grande do Sul, em 29 de outubro de 1930.
Ele era sobrinho do general Flores da Cunha, e foi o único da família a não seguir carreira política. Desde cedo apaixonou-se por teatro. Estreou como amador em 1948, quando estudava no Colégio Júlio de Castilhos, em Porto Alegre. Em 1953 fez sua estréia profissional na Companhia Vera Nunes-Carlos Alberto com as peças “Helena Fechou a Porta” e “Week-End”, espetáculo com o qual ganhou o Prêmio Governador do Estado como revelação do ano.
Em 1954, ele estreou na Companhia de Teatro Nicette Bruno, onde atuou em “Noites Gaúchas”; “O Primo da Califórnia”; “Os Filhos de Eduardo” e “Maria Stuart”.
Nessa mesma época, integrou-se ao elenco do “Teatro da Juventude,” grupo liderado por Tatiana Belinky e seu marido Júlio Gouveia. Participou também do “Grande Teatro Tupi”, na emissora pioneira, em teleteatros importantes como “Anjos sem Asas” e “Vestido de Noiva”, de Nelson Rodrigues, e do “Teatrinho Trol”, também na TV Tupi.
No Teatro ele ainda fez grandes trabalhos em “Volpone”; “Hamlet”; “Quando as Paredes Falam”; ”O Comício”; “Chá e Simpatia”; “Henrique IV”; “A Raposa e as Uvas”; “Lá”; “Marido, Matriz e Filial”; “Um Edificio Chamado 200”; “Feira do Adultério”; “Freud Explica…Explica?”; “Camas Redondas e Casais Quadrados”; “A Cinderela do Petróleo”; “Mãos ao Alto São Paulo!”; “Viva Sem Medo Suas Fantasias Sexuais”; “O Que o Mordomo Viu”; “A Nonna”; ”Trair e Coçar é só Começar” e ”Violetas na Janela”, peça espírita de autoria de sua esposa Ana Rosa, onde participou como diretor e ator por sete anos.
Guilherme Correa foi casado por quatro anos com a atriz Rita Cléos e depois de 1975 a 2006, com a atriz Ana Rosa, com quem teve duas filhas: Ana Luísa e Ana Beatriz, além de adotar outras quatro crianças. Ana Luisa faleceu, aos 17 anos de idade, vitimada por um atropelamento na cidade do Rio de Janeiro, e inspirou a mãe a escrever a peça “Violetas na Janela”.
No Cinema se destacou em ”O Bem Dotado, O Homem de Itu”, em 1978 e em “As Aventuras de Mário Fofoca” em 1983.
Na Televisão, estreou nas novelas em 1975, em uma participação especial na novela “A Viagem” na TV Tupi. Depois esteve em ”O Espantalho” (1977) na TV S/Record, e em “Cavalo Amarelo“ e “Dulcineia vai à Guerra”, ambas em 1980, na TV Bandeirantes. Fez as minisséries “O Vento do Mar Aberto” e “O Fiel e a Pedra” na TV Cultura, em 1981 e “Moinhos de Vento” na TV Globo, em 1983.
Ele também atuou na TV Manchete, onde fez as novelas “Antonio Maria” (1985); “Dona Beija” (1986) e “A História de Ana Raio e Zé Trovão” (1990). Na TV Globo fez as novelas “Roda de Fogo” (1986); “Bambolê” (1987) e as minisséries “Desejo” (1990) e “Tereza Batista” (1992).
Ainda atuou nas novelas “De Corpo e Alma” de 1992; “A Viagem” de 1994; “Por Amor” de 1997 e “Suave Veneno” de 1999 e a minissérie “Aquarela do Brasil” de 2000, todas na TV Globo.
Guilherme Corrêa veio a falecer em 02 de fevereiro de 2006, vítima de infarto, no Rio de Janeiro, aos 75 anos de idade.
