Maria Magdalena Iturrioz y Placencia, nasceu Havana, capital de Cuba. em 10 de fevereiro de 1920.
Com a ascensão de Fidel Castro ao poder em Cuba, ela resolveu sair do país e foi morar em Porto Rico, onde logo conseguiu emprego na emissora de TV Telemundo. Em seguida, foi contratada pela agência de propaganda Colgate Palmolive, para escrever novelas, que seriam patrocinadas pela empresa. Isso foi sua sorte grande. Alguns meses depois, já usando o nome artístico de Glória Magadan foi enviada para a Venezuela e em 1964, para o Brasil.
Logo que chegou aqui, auxiliada por Walter George Durst e Daniel Más, iniciou a produção de telenovelas para a TV Tupi. São dessa época as tramas “Gutierritos”, “O Drama dos Humildes”; “Teresa”; “O Cara Suja”; “A Outra” e “A Cor de Sua Pele”.
Em 1965, a TV Globo havia sido inaugurada e os diretores artísticos José Bonifácio, o Boni, e Walter Clark, queriam investir em novelas, e assim Glória Magadan foi contratada. E iniciou aí a “era Magadan” nas novelas da emissora, com seu jeito grandioso de escrever, suas heroínas frágeis, seus vilões maus ao extremo, roupas fantásticas, castelos e dramas que conquistaram o público e a fizeram ter sucesso, nos anos 1960, na nossa TV.
De 1964 a 1969 só dava Gloria Magadan na TV Globo com as novelas “Paixão de Outono”; “Um Rosto de Mulher”; “Eu Compro Essa Mulher”; “O Sheik de Agadir”; “O Rei dos Ciganos”; “A Sombra de Rebeca”; “A Rainha Louca”; “Anastácia, a Mulher Sem Destino”; “Sangue e Areia”; “O Santo Mestiço”; “A Gata de Vison”; “A Grande Mentira”; “Passo dos Ventos”; “A Ültima Valsa”; “Rosa Rebelde”; “A Ponte dos Suspiros” e “A Cabana do Pai Tomás”.
Em 1969, o domínio total de Glória Magadan na teledramaturgia da emissora estava em declínio porque o mercado pedia novelas mais brasileiras e que retratassem a nossa realidade. Janete Clair havia sido contratada pela TV Globo, fazia sucesso e os demais autores também ansiavam por uma dramaturgia mais moderna e mais brasileira. Glória Magadan foi assim dispensada da Globo.
E aí Glória Magadan foi contratada pela TV Tupi do Rio e escreveu a novela “E Nós, Aonde Vamos?”. Mas foi um fracasso e ela então foi escrever novelas em Miami. Escreveu, em 1972, para a Televisa San Angel, a novela “El Carruaje”, e em 1977, para a RCTV, da Venezuela, a produção “Carolina”, e em 1990, para a Televisa San Angel do México, uma nove versão de “Yo Compro Esa Mujer”. Em 1996, chegou a apresentar o projeto “Homens Sem Mulher” para a Rede TV do Brasil, mas o projeto não foi ao ar.
Glória Magadan faleceu em Miami, em 27 de junho de 2001, aos 81 anos de idade.
