MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


GIANFRANCESCO GUARNIERI


Gianfrancesco Sigfrido Benedetto Martinenghi De Guarnieri nasceu em 06 de agosto de 1934, na cidade de Milão, na Itália.

Filho de um maestro e de uma harpista, veio com apenas tres anos de idade para o Brasil com a família, se estabelecendo primeiro no Rio de Janeiro e depois em São Paulo. Logo percebeu sua inclinação para a arte. Foi líder estudantil e entrou para um grupo de teatro do qual também fazia parte Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha. Em 1955, eles criaram o Teatro Paulista do Estudante, que um ano depois se uniu ao Teatro de Arena.

No Teatro, Gianfrancesco Guarnieri demonstrou enorme talento, não só como ator, mas principalmente como autor. No Teatro de Arena seu nome se sobressaiu, com peças como “Arena Conta Zumbi” ; “Arena Conta Tiradentes;  “Gimba” e “Eles Não Usam Black-Tie”. Foi uma época de grande brilho, nos palcos de São Paulo, e Guarnieri era um dos nomes mais prestigiados como ator e autor.

Ainda nos palcos, mas já na década de 1970, ele escreveu outros textos importantes para os palcos: “Castro Alves Pede Passagem” (1971); “Um Grito Parado no Ar” (1973) e “Ponto de Partida” (1976). Em 1988, ele escreveu “Pegando Fogo Lá Fora” e em 1995, “A Canastra de Macário”.

No Cinema, onde estreou em 1958, vivendo o Zeca, personagem central do filme “O Grande Momento” de Roberto Santos, ele só voltaria quase 20 anos depois para atuar em “O Jogo da Vida” e ainda faria mais sete filmes: “Asa Branca, Um Sonho Brasileiro”; “Gaijin- Os Caminhos da Liberdade”; “Eles Não Usam Black-Tie”; “A Próxima Vítima”; “Beijo 2348/72”; “O Quatrilho” e “Contos de Lygia”.

A Televisão surgiu na sua vida em junho de 1967, na TV Tupi, quando foi convidado a fazer a novela “A Hora Marcada”, e em seguida se transferiu para a TV Excelsior e atuou na novela “O Tempo e o Vento”. Ainda na Excelsior fez as novelas “O Terceiro Pecado”; “A Muralha”; “Os Estranhos” e “Dez Vidas”.

Com o fechamento da TV Excelsior em 1970, ele voltou para a TV Tupi, e atuou em várias novelas, começando com um grande trabalho em “O Meu Pé de Laranja Lima” como o mascate Ariovaldo, e depois atuando em “Nossa Filha Gabriela”; “Signo da Esperança”; “Camomila e Bem-Me-Quer“; “Mulheres de Areia”, outro brilhante desempenho como Tonho da Lua; “Os Inocentes”; “Éramos Seis“, onde viveu seu Julio e “Roda de Fogo”.

Depois Guarnieri foi para a TV Bandeirantes, com o fechamento da TV Tupi, fazer a novela “Rosa Baiana”, em 1981, e a seguir para a TV Globo, onde atuou nas novelas “Sol de Verão”; “Jogo da Vida” e “Vereda Tropical”. Voltou para a TV Bandeirantes para fazer a novela “Sabor de Mel” e retornou à Globo para fazer dupla com Fernanda Montenegro na novela “Cambalacho”. Esteve na Rede Manchete para uma participação especial na novela “Helena” e no retorno para a TV Globo atuou em “Que Rei Sou Eu? e “Mandala”.

Na Globo também participou do seriado “Carga Pesada”, mas não só como ator, mas também como diretor e autor de vários episódios. Na década de 1990, mais uma vez na TV Globo fez várias novelas e minisséries: “Rainha da Sucata”; “Anos Rebeldes”; “O Mapa da Mina”; “Incidente em Antares”; “Pátria Minha” e “A Próxima Vítima”. Nessa década ainda atuou na TV Cultura na produção “O Mundo da Lua” e esteve no SBT em “Razão de Viver”, na TV Record em “Canoa do Bagre” e na TV Bandeirantes em “Serras Azuis” e em um remake de “O Meu Pé de Laranja Lima”, agora como o português Manuel Valadares.

Outra vez na Globo, fez as novelas “Terra Nostra” e “Esperança”. Apareceu ainda no especial “A Festa do Nonno” de Sílvio de Abreu, em homenagem aos 450 anos de São Paulo. Esteve na TV Record, na novela “Metamorphoses” (2004), e,  por último, apareceu na novela “Belíssima”. de Manoel Carlos, quando adoeceu.

Gianfrancesco Guarnieri foi casado duas vezes. A primeira com a jornalista Cecília Thompson, que foi mãe de Paulo e Flávio Guarnieri, que seguiram a carreira do pai como atores. O segundo casamento de Guarnieri foi com Vânia Sant’anna, com quem teve três filhos: Cláudio, Mariana e Fernando.

Gianfrancesco Guarnieri faleceu em 22 de julho de 2006, na cidade de São Paulo, de insuficiência renal crônica, aos 71 anos de idade.

 
Apoio
ABCD Nossa Casa
ABCcom
ABERT
ABTU
ACESP
Apodec
Centro Universitário Belas Artes
BRAVI
Coleção Marcelo Del Cima
Comunique-se
Fórum SBTVD
Grupo Observatório
Gugu Vive
IBEPEC
Kantar Ibope Media
O Fuxico
Radioficina
RITU
SET
Sindicato dos Radialistas de São Paulo
TUB
TudoRádio
Universidade Anhembi Morumbi
APJ
UBI
Vela – Escola de Comunicação