MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


GEÓRGIA GOMIDE


Elfriede Helene Gomide Witecy nasceu na capital paulista, em 17 de agosto de 1937, mas foi com o nome artístico de Geórgia Gomide que ela ficou nacionalmente conhecida.

Na família havia artistas, entre os quais o pintor Gomide, de fama internacional. Seu avô, por parte de mãe, era desembargador e ministro de Estado, na Suíça. E por parte do pai a família era da Alemanha e Rússia.

Frequentava diariamente o Clube Pinheiros, de São Paulo, onde ganhou o título de “A mais bela esportista”. Por ser muito bonita, chamou logo a atenção de Fernando Severino, Diretor Comercial da Televisão Tupi. E ela foi contratada para ser atriz. A primeira telepeça que fez foi “Os Filhos de Eduardo,” na qual dizia apenas a frase: “Bom dia, como vai?”. E foi aquele nervosismo. Mas aí começou a fazer um “Grande Teatro Tupi” atrás do outro e sua ascensão foi rápida.

Logo esteve em outros teleteatros importantes como “Gimba”; “Srta. Julia”; “Moral e Concordata”; “Klauss, o Loiro”; “A Grande Mentira” e “Calúnia”, onde fazia uma professora homossexual, e nesse teleteatro aconteceu o primeiro beijo homossexual da televisão, que foi com Vida Alves.

Em 1964, veio a primeira novela, “A Gata”, e em seguida vieram “Quem Casa com Maria?”; “O Sorriso de Helena”; “A Outra” e “Tereza”, onde fazia uma figura tão má, que chegou a apanhar na rua. Daí para o sucesso foi um passo. E isso chegou quando fez o papel título em “Ana Terra”, novela adaptada do livro de Érico Veríssimo, em 1967, na TV Excelsior. Para bem interpretar o papel, ela esqueceu sua vaidade e elegância, pois fazia uma “bugra”, uma mulher que se vestia de farrapos, e tinha sempre um rifle às costas.

Em 1968, Geórgia Gomide se transferiu para a TV Record, onde fez as novelas “A Última Testemunha”; “Algemas de Ouro” e “As Pupilas do Senhor Reitor”, novela que ela abandonou um mês depois das gravações e em que foi substituída pela atriz Maria Estela.

Ela voltou para a TV Tupi onde fez uma participação especial em “A Fábrica” e em seguida esteve em “A Revolta dos Anjos”; “Signo da Esperança”; “Divinas e Maravilhosas”; “Ovelha Negra”;  “Éramos Seis”; “Aritana” e “Gaivotas”.

Com o fechamento da TV Tupi em 1980, ela passou pela TV Bandeirantes, onde fez a novela “Renúncia” e depois pela TV Cultura, onde atuou em “Nem Rebeldes, Nem Fiéis” e pelo SBT, onde participou da novela “Uma Esperança no Ar“.

Em 1985 estreou na TV Globo e fez um enorme sucesso na novela “Vereda Tropical”, onde fazia Bina, uma italiana extrovertida, alegre e bonita. Em 1986, esteve na novela “Hipertensão” na Globo e em seguida atuou em várias emissoras, como a TV Manchete na novela “Olho por Olho” em 1988; na TV Globo nas novelas “Mico Preto”; “Despedida de Solteiro” e “Quatro por Quatro”, além da minissérie “Anos Rebeldes.

Na TV Manchete novamente em 1995, Geórgia Gomide atuou na novela “Tocaia Grande”; na TV Record nas novelas “Por Amor e Ódio” em 1997  e em “Tiro e Queda” e “Louca Paixão“, ambas em 1999. Em 2000, de volta à Globo esteve na novela “Uga Uga” e na minissérie “O Quinto dos Infernos” e no SBT fez uma participação no remake de “O Direito de Nascer“.

Suas últimas participações em TV foram no seriado “A  Diarista” e em “Malhação”, em 2005, ambos na TV Globo.

No Cinema ela atuou em poucos filmes: “Quatro Brasileiros em Paris” em 1965; “Corisco, o Diabo Loiro” em 1969; “A Super Fêmea” em 1973; “Exorcismo Negro” em 1974; “O Sexo Mora ao Lado” em 1975; “Chão Bruto” em 1976; “Sexo, Sua Única Arma” em 1981; “O Médium” em 1983 e “Os Trapalhões na Terra dos Monstros” em 1989.

Ela teve um filho, Daniel Witecy Goldfinger, e por anos sofreu de uma doença congênita que afetou sua visão. Em 2008, foi diagnosticada com o Mal de Alzheimer.

Geórgia Gomide faleceu em 29 de janeiro de 2011, aos 73 anos de idade, em São Paulo, de infecção generalizada.

 
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