MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


FULVIO STEFANINI


Fulvio Stefanini, filho de italianos de nomes Oreste e Agnese Stefanini, nasceu em São Paulo, capital, em 12 de outubro de 1939. Seus irmãos, Arnaldo e Fabio, foram sempre ligados aos estudos, mas Fulvio, embora fosse um garoto esperto, prestativo e inteligente, bem cedo sentiu forte inclinação para o teatro e procurou então, cursar o E.A.D. escola que se dedicava a formar atores.

Mas antes mesmo de concluir esse curso, resolveu procurar o doutor Julio Gouveia, que era o diretor do TESP – Teatro Escola de São Paulo. E começou a ganhar papéis tanto no teatro, quando na TV Tupi de São Paulo, onde o TESP era responsável pelo “Teatro da Juventude” e do “Sitio do Pica-Pau Amarelo”. A produção de Julio Gouveia e sua esposa, Tatiana Belinky, era independente, mas contínua. E Fluvio entrava em muitos programas. Era um garoto alto, loiro e muito bonito. Isso até ajudou no início de sua carreira.

Mas a paixão do garoto pela arte era verdadeira, e ele queria mais para si próprio. Começou a trabalhar com Berta Zemel, com Sergio Cardoso, até que assinou contrato com a TV Excelsior de São Paulo, que foi considerada o “divisor de águas”, entre a televisão antiga e a moderna. Ali fez: “A outra face de Anita”, “Melodia Fatal”, “A Indomável”, “Minas de Prata”, onde fazia par romântico com Regina Duarte. Logo Fulvio foi convidado para participar do elenco da TV Globo, mas, para cumprir o seu contrato, preferiu ficar em São Paulo. Meses depois passou para a TV Record, onde, sob a direção de Dionísio Azevedo, fez “As pupilas do Senhor Reitor”, “A última testemunha”, “Os deuses estão mortos”, e outras. Mas acabou sendo novamente convidado pela TV Globo e ali participou de inúmeras novelas de sucesso, como: “Fogo sobre terra”, “Gabriela”, “Carinhoso”.

E assim continuou, tendo feito mais de 30 novelas, sendo“Porto dos Milagres” uma grande novela, onde fazia Oswaldo, o marido cordato e bondoso da “inconseqüente” Augusta Eugênia, que teve o desempenho magnífico de Arlete Sales, a quem Fulvio Stefanini muito admira. Embora sendo então um ator intensamente dedicado à televisão, Fulvio Stefanini, que amava o teatro desde a mais tenra idade, sempre participou de grandes peças teatrais. E ali nem sempre fez o “galã”, pelo contrário.

Ele começou numa peça infantil, em que fazia papel de tartaruga. A peça era “Kurashima Taro”. Depois fez grandes espetáculos, como: “Oração para uma negra”, “Soldado Tanaka”, “A Raposa e as Uvas”, “As feiticeiras de Salem”, “Quem tem medo de Virginia Woof” e tantas outras… difícil enumerá-las todas. Mas o grande sucesso aconteceu quando Fulvio Stefanini fez parceria com Juca de Oliveira e eles montaram, para o teatro, as peças de Juca : “Meno Male” e “Caixa 2”. Com uma graça satírica bem brasileira, com o texto de Juca e as interpretações maravilhosas dos atores, os espetáculos ficaram em cartaz anos após anos. Não havia sequer, como parar, porque as filas dobravam as esquinas.

Foi uma coisa excepcional e Fulvio ganhou o Prêmio Shell de melhor ator em 1999, com o “Caixa 2”. Apesar disso o rapaz ainda achou tempo para fazer inúmeros comerciais de sucesso, como o das “Casas Fortaleza”, por exemplo. Filmes ele não fez muitos. Estava sempre preso a algum compromisso, quando era convidado. Apesar dessa vida de inteiro sucesso, Fulvio é uma pessoa calma, casado com Vera há 34 anos, e se dá muito bem com ela. Tem dois filhos e se considera um homem de bem com a vida. Todos os colegas o elogiam, pois além de grande ator, é grande profissional e excelente figura humana.

Seu equilíbrio, sua generosidade natural e espontânea, fazem dele realmente uma criatura especial, a quem todos sentem honra em conhecer e com ele trabalhar.

Recentemente, esteve nas novelas da Globo: “Chocolate Com Pimenta” (2003), “Alma Gêmea” (2005), “Pé na Jaca” (2006), “Duas Caras” (2007), “Caras e Bocas” (2009) e “Amor à Vida”.

 
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