Jose de Ribamar Ferreira nasceu em São Luis, Maranhão, em 10 de setembro de 1930.
Impactou a poesia brasileira em 1954 com seu livro “A Luta Corporal” e logo depois se torna um jornalista de destaque no Rio de Janeiro, escrevendo sobre Artes Plásticas no “Jornal do Brasil”.
Nos anos 1960, no Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes, já assinando como Ferreira Gullar, se destaca com projetos culturais e firma frutíferas parcerias . Em 1966, escreve com Vianinha (Oduvaldo Vianna Filho) a peça “Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come”, que com direção de Gianni Ratto, ganha o Premio Saci e também o Premio Moliere referente ao Teatro Carioca.
Exilado pela ditadura militar brasileira, lança em 1976 o seu livro referência: “Poema Sujo”, aclamado em toda América Latina.
Em 1979, chega a TV Globo, no Teleteatro Aplauso, e adapta a peça de Silveira Sampaio, “Só o Faraó tem Alma” e também escreve um original seu, “Dona Felinta, a rainha do Agreste”, dirigida por Paulo Jose, com Jofre Soares, Lelia Abramo e grande elenco, que foi ao ar em 15 de outubro (1ª parte) e 22 de outubro de 1979 (2ª parte).
Em 1998, foi homenageado pelo Instituto Moreira Salles, com um volume do Caderno de Literatura Brasileira, que versou sobre a sua obra eclética e de muita qualidade. Ganhador do Premio Camões, o mais importante da Língua Portuguesa em 2010, Ferreira Gullar é eleito em 2014 para a Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira nº 37 que já pertencera ao poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto.
Ferreira Gullar foi escritor, poeta, tradutor, ensaísta e adaptou várias obras para especiais da Televisão. Ele faleceu no Rio de Janeiro, em 04 de dezembro de 2016, aos 86 anos de idade.
