MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


ELKE MARAVILHA


Elke Grunupp nasceu na pequena cidade de Leutkirch im Allgäu, na Alemanha, em 22 de fevereiro de 1945, embora em vida a atriz, jurada e modelo afirmasse que nasceu em Leningrado, na Russia. Após a sua morte, a mídia divulgou fotos dos seus documentos pessoais que indicavam o nascimento nessa cidade alemã.

A família migrou para o Brasil em 1951, e ela tinha apenas 6 anos de idade, e foi morar em um sítio no interior de Minas Gerais. Quatro anos depois eles se mudaram para Atibaia, no interior de São Paulo., onde se dedicaram ao cultivo de morangos.

Ela aprendeu nove idiomas e falava alemão, italiano, espanhol, russo, português, francês, inglês, grego e latim. Ela foi bancária, secretária trilíngüe, bibliotecária e professora de francês na Aliança Francesa e de inglês na União Cultural Brasil-Estados Unidos.

Em 1963, Elke começou sua carreira como modelo e manequim.Seu primeiro costureiro foi Guilherme Guimarães e ela depois passou por vários estilistas famosos, entre eles Clodovil e Ugo Castellana. Aos poucos, porém, foi criando seu estilo. Sua criatividade não se continha, e ela foi criando caras, penteados, chapéus, adereços, enfim, foi criando e sew transformou em  Elke Maravilha.

Ela fez cursos de Teatro e de Cinema e o primeiro trabalho como atriz foi em 1971, vivendo uma secretária no filme “O Barão Otelo no Barato dos Milhões“. No ano seguinte, Elke Maravilha, nome que ela recebeu do jornalista Daniel Más, começou sua carreira na Televisão, participando da “Discoteca do Chacrinha” e depois do “Cassino do Chacrinha”, ambos na TV Globo, como jurada. Ficou amiga de Chacrinha e toda a famíla dele e foi jurada de seus programas por muitos anos. Também se destacou como jurada no “Programa Silvio Santos“, no “Show de Calouros” por algum tempo.

Em paralelo foi desenvolvendo sua carreira de atriz tanto no Cinema como atuando em novelas e minisséries. No Cinema esteve presente em “Os Machões”  e “Quando o Carnaval Chegar“, ambos em 1972; “Gente Que Transa” de Silvio de Abreu, em 1974; “O Rei do Baralho” em 1975; “Xica da Silva” de Cacá Diegues em 1976; “Tenda dos Milagres” em 1977; “A Noiva da Cidade” em 1978; “A Força de Xangô” e “Amante Latino”, ambos em 1979; “Pixote, a Lei do Mais Fraco” de Hector Babenco, em 1980; “No Rio, Vale Tudo” de 1987; “Tanga (Deu no New Yok Times)” de 1987; “Prisioneiro do Rio” em 1988; “Romance” em 1988; “Minas Texas” em 1989; “Vênus de Fogo” em 1993; “Xuxa Requebra” em 1999; “Zuzu Angel” em 2006; “Elke no País das Maravilhas” em 2007; “Mato Sem Cachorro” e “Meu Passado Me Condena”, ambos em 2013.

Elke Maravilha foi também atriz de novelas. Na TV Tupi, participou da novela “A Volta de Beto Rockfeller” em 1973 e depois atuou em “Feijão Maravilha” na TV Globo, em 1979. Em 1981, apresentou na TV Cultura o programa “Catavento”, e em 1986 fez a minissérie “Memórias de um Gigolô”, que foi dirigida por Walter Avancini. Sua atuação como dona de um bordel, lhe rendeu o convite para ser madrinha da Associação das Prostitutas do Rio de Janeiro.

Na TV ela ainda apresentou o “Quadro Esotérico” no “Programa Amaury Junior”, em 1992, na TV Bandeirantes e depois o “Programa Elke Maravilha” no SBT de 1993 a 1996.  Em 1998 fez uma participação especial na novela “Pecado Capital” (remake); em 2003 na novela “Celebridade” e em 2004, na novela “Da Cor do Pecado“, todas da TV Globo. Foi para a TV Record em 2007 e atuou na novela “Luz do Sol” e de volta para a TV Globo atuou em “Por Toda a Minha Vida”; na novela “Caminho das Índias” e em 2013, no canal GNT fez o seriado “As Canalhas” e na HBO participou de “Destino: Rio de Janeiro”.

Ela ainda marcou presença nos palcos em “Viva o Cordão Encarnado”; “O Castelo das Sete Torres”; “Rio de Cabo a Rabo”; “Eu Gosto de Mamãe”; “A Rainha Morta”; “O Homem e o Cavalo”; “Orfeu do Carnaval”; “O Lobo da Madrugada”; “Carlota Joaquina”; e em 2013,  interpretou o musical “Elke, do Sagrado ao Profano”.

Elke Maravilha se casou várias vezes e não teve filhos. Ela faleceu em 16 de agosto de 2016, aos 71 anos de idade, na cidade do Rio de Janeiro, após não reagir à medicação em função de uma cirurgia de uma úlcera.

 
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