Eleonor Bruno Xavier nasceu na cidade de Niterói, Rio de Janeiro, no dia 6 de outubro de 1913.
Foi atriz e cantora lírica e era a primeira de uma família toda dedicada às artes. Ela era mãe da atriz Nicete Bruno e avó das atrizes Bárbara Bruno e Beth Goulart e do ator Paulo Goulart Filho.
Ela iniciou sua carreira cantando em espetáculos amadores beneficentes e chegou a cantar árias como “La Bohème”, no Cassino Copacabana Palace.
No Teatro estreou em 1947, no espetáculo “Já é Manhã no Mar” e depois atuou também em “O Ás de Ouro”; “Dorotèia”; “Senhorita Minha Mãe”; “Ingenuidade”; “Os Amantes”; “Ladrão Por Engano”; “O Enterro de Carolina”; “Os Últimos”; “Week-End”; “Dona Rosita, a Solteira”; “Prisioneiro da Quinta Avenida” e “Os Efeitos dos Raios Gama nas Margaridas do Campo”.
Em 1948, Eleonor, chamada pelos íntimos de Nonoca, conheceu Nelson Rodrigues, quando levava a filha Nicete, então com 13 anos, para o Teatro Phoenix no Rio. Era a estréia da peça “Anjo Negro”. Mas, inesperadamente, foi para ela que os olhos de Nelson se voltaram. Ela estava separada e eles tiveram um romance que durou 2 anos e foi para ela que Nelson Rodrigues escreveu “Dorotéia”, peça que estreou no mesmo Teatro Phoenix, em março de 1950. Mas Nelson era casado e o romance com Eleonor logo teve fim.
Na Televisão, Eleonor Bruno estreou em 1956, no “Teatro de Comédia Piraquê”, na TV Tupi, participando depois do “Teatro de Variedades” e do “TV de Comédia”. Atuou depois na TV Continental do Rio de Janeiro, onde fez o “Teatro de Ontem” e o “Teledrama Continental”.
Nas novelas ela estreou em 1968, no mega sucesso “Beto Rockfeller” na TV Tupi, e depois, na mesma emissora, atuou também em “João Juca Jr.”; “A Gordinha”; “Toninho on the Rocks”; “O Preço de um Homem”; “Bel Amy”; “A Volta de Beto Rockfeller”; “Um Dia, o Amor” e “Papai Coração”, ao lado da filha Nicette, do genro Paulo Goulart e dos netos também atores.
No Cinema ela atuou em apenas dois filmes: “Dona Violante Miranda” em 1960 e “A Marcha” em 1972, filme estrelado por Pelé e pelo seu genro, Paulo Goular.
Em 2002, estreou a peça “Dorotéia Minha”, baseada nas cartas e bilhetes escritos por Nelson Rodrigues a Eleonor, encenada por Beth Goulart, sua neta, que dizia no começo do espetáculo: “Esta peça é inspirada numa história verdadeira, de um amor profundo e arrebatador”.
Eleonor Bruno faleceu em 24 de dezembro de 2004, no Rio de Janeiro, vitimada por uma insuficiência respiratória, aos 91 anos de idade.