MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


DALVA DE OLIVEIRA


Dalva deOliveira nasceu em 5 de maio de 1917, na cidade de Rio Claro, interior paulista.Filha da portuguesa Alice do Espírito Santo e do mulato festeiro Mario deOliveira, o Mário Carioca, que era marceneiro na Companhia Paulista de Trens.Seu nome de registro era Vicentina Paula de Oliveira. O pai era tocador desaxofone nas horas vagas e “fazedor de filhas”. Elas eram4. Dalva tinha olhos verdes, herdados da mãe e uma figura delicada. Erampobres e Dalva estudou em internato, mas a música enfeitou muito sua vida.Sempre que podia , acompanhava o pai e subia em um caixote, para cantar para aspessoas.Cantou sob a lona de circos, sempre acompanhando o pai. E já era quaseadulta quando conheceu a dupla”Preto e Branco”, com quem formou ofamoso”:”Trio de Ouro”, que fez enorme sucesso em todo o Brasil.Obranco, da dupla de cantores, chamava-se Herivelto Martins, com quem Dalva veioa se casar e com quem teve o filho Pery, que também veio a ser grande cantor.O segundo filho recebeu o nome de Ubiratan. O negro da dupla era NiloChagas, que, como se dizia na época:”era negro de alma branca”, tãoeducado, bondoso que era.

O casal Dalva e Herivelto ficoujunto muitos anos, mas eles vieram a se separar. Isso foi um escândalo, poiseram tempos mais severos. E , além disso, Herivelto compôs músicas sobre otema: seu próprio casamento e separação. Formaram-se duas alas de torcedores,uns por ele, outros por ela e a “mídia fonográfica”gostou dacoisa e incentivou sua prorrogação . As prensas da Odeon, a gravadoradeles, eram insuficientes para atender os pedidos de mais cópias e maismúsicas.

O Trio de Ouro foi desfeito em 1949.Dalva assumiu carreira-solo. Antônio Carlos Jobim escreveu arranjos para Dalva.E a partir de 1951, não se ouvia outra voz, nas paradas de sucesso. Dalva deOliveira conheceu o argentino Tito Climent, que passou a administrar suacarreira, e a levou do Brasil por uns tempos. Eles vieram a se casar numaigreja de Montmartre, na França. Dalva depois foi levada à Londres, ondecantou até para a rainha da Inglaterra. Cantou também na Argentina,ao lado dosbandoneons de Francisco Canaro.

Esse amor, porém, se acabou e Dalva seapaixonou por Nuno, que tinha apenas 19 anos, enquanto ela já estava com 47. Umdesastre grave de automóvel, porém, veio truncar sua vida. O público todoacompanhou sua estada no leito de hospital e a dúvida era igual para todos:voltaria Dalva a cantar? Do desastre restou-lhe uma cicatriz e mais: o vício debeber, pois Dalva entrou em depressão.E ela sentia-se à margem da vida. Podiacantar, mas encontrava-se desanimada, desencantada da vida.

Vida que a deixou às 17 horas e 15minutos, do dia 31 de agosto de 1973,na mesma cidade do Rio de Janeiro.

Para muitos, Dalva de Oliveira, com suavoz perfeita, e o seu canto sublime, foi considerada a rainha de todos ostempos, da música nacional.

Seus principais sucessosforam:”Ave Maria”; “Bandeira Branca”;”Brasil”;’Errei,sim”;”Estrela do Mar”; “MáscaraNegra”; “Palhaço”; “Tudo Acabado”; “João deBarro”;”Valsa da ‘Despedida”;”Zum-Zum”;”Kalu”;e vários outros.

 
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