Cilênio Dutra e Silva nasceu no Rio de Janeiro, em 14 de setembro de 1925.
Ele estudou Farmácia, nos Estados Unidos. Começou como cantor e músico, pois tocava bateria na banda do irmão Dick Farney, cantor importante nos anos 1940. Levado pelo irmão, aos estúdios da Atlântida, em 1946, o destino de Cyl Farney foi mudando, pois Adhemar Gonzaga, diretor de filmes, o convidou para participar do filme “Um Beijo Roubado“. Em 1951, Cyl foi contratado de maneira fixa ao estúdio e com isso fez oito filmes na companhia. Se transformou em um dos galãs mais queridos da Companhia Cinematográfica Atlântida.
Na década de 1950, no auge da carreira, fez mais de 50 filmes, entre os quais “Noites de Copacabana”; “Areias Ardentes”; “O Pecado de Nina”; “Aí Vem o Barão”; “Carnaval Atlântida”; “Colégio de Brotos”; “Chico Viola Não Morreu”; “E o Espetáculo Continua”; “O Homem do Sputinik”; “Pintando o Sete”; “Cacareco Vem Aí” e “Entre Mulheres e Espiões”.
Cyl Farney viveu muitos anos no exterior. Na Itália fez amizade com o cineasta Roberto Rosselini e sua esposa, a atriz Ingrid Bergman. Quando voltou ao Brasil, fez mais trabalhos na Televisão e no Cinema. Além disso, resolveu ser produtor de filmes.
Produziu cerca de 14 filmes, entre os quais “Janaina, a Virgem Proibida”; “A Infidelidade ao Alcance de Todos”; “Uma Virgem na Praça” e “Este Rio Muito Louco”. Nesses 16 anos, em que foi produtor, administrou também campanhas publicitárias, como a da Petrobrás.
Na Televisão ele passou nos anos 1960 pela TV Record, TV Rio e TV Excelsior, onde fez o “Teatro Câmera Um” e “Dois no Balanço”. Trabalhou na novela “Na Idade do Lobo” na TV Tupi, em 1972, e na minissérie “Hilda Furacão” em 1998.
Aos 77 anos de idade, Cyl Farney sofreu uma parada cardiorrespiratória e faleceu no Hospital Adventista Silvestre, no bairro de Santa Tereza, no Rio, em 14 de março de 2003.
