MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


CATHY STUART


Catita Stuart, que acabou por adotar o nome artístico de Cathy Stuart, nasceu no dia 28 de novembro de 1930, em Córdoba, na Argentina.

Sua família era toda de circo. Seus pais, espanhóis, eram Alberto Canales e Conchita Stuart, conhecida como dona Oni. Eles eram donos da Companhia de Circo e Teatro Oni. Como acontece com todas as famílias circenses, os filhos trabalhavam unidos, estudavam unidos e aprenderam muitas atividades práticas, pois eram uma família e ao mesmo tempo uma companhia. Catita, a mais nova dos irmãos, nasceu quando a família já havia imigrado para a América do Sul.

Eles viajaram por muitos lugares, inclusive por todo o Brasil. Catita dançava, cantava e representava. A companhia montava peças onde cabia a ela o papel da mocinha, próprios para a sua idade. Ela também dançava balé, embora nunca tivesse tido aulas. “Aprendi tudo na marra, no esforço, na vontade de aprender”, contava ela.

Em 1950, a família veio para capital paulista. Seus irmãos mais velhos Walter Stuart e Henrique Canales conseguiram emprego na TV Tupi de São Paulo. E então Cassiano Gabus Mendes, o diretor artístico, convidou Catita para fazer um teste como atriz. E a mocinha foi aprovada. A sua estreia em teleteatro foi no “Teatro das Segundas Feiras”, em 04 de dezembro de 1951, na peça “Dois a Dois”, produzida por Cassiano Gabus Mendes, onde contracenou com Lima Duarte, Yara Lins e Astrogildo Filho.

No ano seguinte se destacou em “Priminho de Coração”, no ”Grande Teatro Monções”, onde foi dirigida por seu irmão Walter Stuart, com direção de TV de Luiz Gallon, que também estava no elenco, juntamente com seu outro irmão Henrique Canales e mais David Neto, Maria Cecília, Mora Stuart, Aida Mar e Torresmo.

Em 1953, Cathy Stuart protagonizou uma serie própria na TV chamada “Garota 53”, onde fez par romântico com Walter Avancini, além de trabalhar em programas humorísticos da Radio Tupi de São Paulo, juntamente com Erlon Chaves. Em 1955, foi convidada por Fernando Balleroni para um dos principais papeis na novela “Ciúme”, onde atuou com Percy Aires, Laura Prado, Maria Cecília e David Neto. E depois, fez uma novela homônima, escrita por Heloisa Castellar, desta vez na Radio Tupi paulistana, que tinha Turíbio Ruiz, Vida Alves, Dionísio Azevedo e Wilma Bentivegna no elenco.

Em 1956, apresentou na Rádio Tupi o programa “Álbum Feminino” com grande sucesso. no ano seguinte, foi uma das estrelas da radionovela de Vida Alves, “Em Cada Coração um Amor”,  e também brilhou no programa humorístico “Olinto Topa Tupi”, na Tupi, estrelado por Walter Stuart.

Cathy atuou muito no “TV de Vanguarda”, em espetáculos, como “Inimigos Íntimos” de Noel Coward e “O Contador de Histórias”, onde fez varias peças adaptadas por Vida Alves. No “TV de Comedia”, foi dirigida por Antunes Filho em 1958, no clássico de Armando Gonzaga, “Cala a Boca Etelvina”, com produção de Heitor de Andrade e também em “Joaninha Buscapé” criada pelo comediógrafo carioca Luiz Iglezias, esposo de Eva Todor, em adaptação para a TV feita por Geraldo Vietri. Esteve também na novela “Scaramouche”.

Cathy Stuart fez ainda muitos comerciais para a televisão e nos anos 1990, ajudou a amiga Vida Alves e seus colegas pioneiros a criar o Museu da TV, que se viabilizou em 1995. Por três décadas Cathy foi uma constante participante e uma de suas associadas mais presentes. Em 2011, foi eleita para o Conselho Fiscal do Museu da TV, cargo que ocupou até 2013.

Pouco tempo depois se mudou para São Luís, capital do Maranhão, onde faleceu no dia 1º de agosto de 2017, aos 86 anos de idade.

 

 

 
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