MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


CANARINHO


Aloísio Ferreira Gomes nasceu em Salvador, na Bahia, em 29 de dezembro de 1927.

Seu pai morreu assassinado e sua mãe faleceu quando Canarinho tinha 12 anos. Com essa idade, o garoto já era um adulto, cuidava de suas próprias roupas, fazia comida, pagava o aluguel, enfim, tinha de se sustentar. Desde pequeno gostava de música e de arte. Tocava violão e cavaquinho. E cantava bem. Era chamado de “o pequeno Orlando Silva”.

Durante a Segunda Guerra Mundial trabalhou com os norte-americanos nas bases navais e aéreas de Aratu e Ipitanga, na Bahia. e aos 17 anos resolveu ser artista. Ele passou a cantar em night-clubs, cabarés, boates e bailes. Fez muito sucesso no Rio de Janeiro, cantando em casas noturnas. Cantava até tangos.

Em 1955, chegou a São Paulo, e cantou com o Russo do Pandeiro, ex-integrante do Bando da Lua, na Rádio Nacional. Foi aí que conheceu Kalil Filho, que o levou para a TV Paulista. Em 1959 já fazia parte do humorístico “Praça da Alegria”, de Manoel de Nóbrega. Nóbrega não apenas admirou o seu trabalho, como se tornou um grande amigo, um pai e Canarinho passou a participar de todos os programas humorísticos. Fez “Comédia, Pão e Manteiga”; “Folias do Golias” e”Balança Mas Não Cai”.

Criou a grande campanha beneficente “Faça Uma Criança Sorrir” e também a “Quanto Vale Uma Criança”. A estréia em novelas na TV aconteceu em 1964, quando fez “Mãe“, e em seguida atuou em “Os Rebeldes” e “Antonio Maria” na TV Tupi; “Meu Pedacinho de Chão” na TV Cultura  e  “Jerônimo, o Herói do Sertão” na TV Tupi.

Em 1977 foi para a TV Globo e atuou em “Sítio do Picapau Amarelo” vivendo Malazartes e depois o personagem Garnizé. Em 1980 foi para a TV Bandeirantes e atuou na novela “Pé de Vento” de Benedito Ruy Barbosa. Voltou para a TV Globo em 1986 para participar da novela “Sinhá Moça“.

No Cinema atuou em 12 filmes, sendo o primeiro em 1962, “As Testemunhas Não Condenam” e entre os mais importantes estão “Diabólicos Herdeiros”; “O Dia em que o Santo Pecou”; “Bacalhau”; “Costinha, o Rei da Selva”; “Snuff, Vítimas do Prazer”;  “Maneco, o Super Tio”; “Sábado Alucinante” e “Nos Tempos da Vaselina”.

Com o falecimento de Manoel de Nóbrega, que deixou não só Canarinho, mas toda a classe muito triste, passou a participar do programa “A Praça é Nossa” conduzido por  Carlos Alberto de Nóbrega, fazendo o quadro “Canarinho ao Telefone“, por onde permaneceu pelo resto da vida.

Canarinho faleceu em 21 de março de 2014, aos 86 anos de idade, na cidade de Mogi das Cruzes, no estado de São Paulo, após um infarto.

 
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