MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


BEATRIZ SEGALL


Beatriz Toledo Segall nasceu no Rio de Janeiro,em 25 de julho de 1926.

Filha de professores muito conhecidos na cidade do Rio de Janeiro e que dirigiam o Colégio Pio Americano e o Colégio Lafayettte. Ali Beatriz estudou e mais tarde fez Faculdade de Filosofia. Foi professora durante muito tempo e sabia muito bem francês, e foi em francês que participou de uma peça na Aliança Francesa, no Rio de Janeiro.

Depois foi convidada para fazer um filme, “A Beleza do Diabo”, em 1950, e em seguida atuou em “Quando a Noite Acaba”; “O Canto da Saudade”; “O Rei do Movimento”; “Chamas no Cafezal” e “O Barbeiro Que Se Vira“. Resolveu então fazer o “Curso Prático de Teatro”, onde conheceu o ator Sadi Cabral, introdutor do Método Stanislawisky no Brasil. Foi indicada para um papel no Teatro de Bolso do Rio de Janeiro, e lá trabalhou com Henriette Mourineau, a grande diretora e atriz.

Foi nessa época também que começou a participar da TV Tupi do Rio de Janeiro, em pequenos seriados e pequenos teleteatros. Ganhou então uma bolsa do governo francês e passou um ano em Paris, estudando. Lá conheceu Mauricio Segall, com quem se casou.

Veio morar em São Paulo com o marido e os filhos e sempre era convidada para fazer televisão ou teatro. Na Tupi de São Paulo fez então o “Teatro da Juventude” com Julio Gouveia e Tatiana Belinky. Com os filhos crescidos  resolveu fazer “Andorra”, no Teatro Oficina, em 1964. Mauricio Segall resolveu se ligar ao teatro também, achando que era a única tribuna mais livre, no tempo da ditadura militar, e o casal acabou arrendando o Teatro São Pedro, em São Paulo. Ali foram encenadas peças muito importantes, como “O Círculo de Giz Caucasiano”; “O Olho Azul da Falecida”; “Marta Saré”; “Hamlet”; “A Longa Noite de Cristal” e “O Interrogatório”.

Mas Mauricio Segall foi preso, e tudo ficou muito difícil. Como atriz e dona do teatro, ela não parava  e fez trabalhos magníficos como em “Os Executivos” e  “À Margem da Vida”, com direção de Flavio Rangel. Junto com os palcos fazia um ou outro filme como “Cléo e Daniel” em 1970; “O Pecado de Marta” em 1971; “À Flor da Pele” em 1976; “O Cortiço” em 1977 e “Os Amantes da Chuva” em 1979.

Fez  novelas na TV Excelsior (“Os Fantoches“); na TV Record (“Ana“) e na TV Tupi (“A Gordinha” e “Um Sol Maior”, antes de ir para a TV Globo em 1978 fazer a personagem Celina, na novela “Dancin’ Days” de Gilberto Braga, e depois emendou com “Pai Herói” e “Água Viva”.

Em 1981 veio para a TV Bandeirantes e na emissora trabalhou em duas novelas importantes da emissora: “Os Adolescentes” e “Ninho da Serpente”. Voltou para a TV Globo em 1982 para participar das novelas “Sol de Verão”; “Louco Amor” e “Champagne“. Teve uma curta passagem pela TV Manchete, onde atuou na novela “Carmem” de Glória Perez.

Na volta para a TV Globo em 1988, ganhou o papel que marcaria a sua carreira junto ao grande público ao viver Odete Roitman na novela “Vale Tudo“, cuja morte se transformou numa cena antológica na história da nossa teledramaturgia. Em seguida, na mesma emissora fez a minissérie “A,E,I, O…Urca” e as novelas “Barriga de Aluguel”; “De Corpo e Alma”; “Sonho Meu”; “Anjo Mau” e “Esperança”.

Separada de Mauricio Segall no início dos anos 1980, Beatriz sempre atuou no teatro como atriz e produtora, e recebeu vários prêmios na carreira, como o “Governador do Estado”; o “Shell” e o, “Mambembe”, além do  Troféu Imprensa como melhor atriz de TV em 1989.

No final dos anos 1990 voltou ao Teatro e atuou em “Tres Mulheres Altas”; “Do Fundo do Lago Escuro”; “Estórias Roubadas” e “Quarta-Feira, Sem Falta, Lá em Casa”.  No Cinema seus últimos filmes foram “Desmundo” em 2003 e “Família Vende Tudo” em 2011.

Na TV, em 2006, foi para a TV Record e atuou em duas novelas: “Prova de Amor” e “Bicho do Mato” e em 2011, após 5 anos longe da telinha, esteve no seriado “Lara com Z” na TV Globo e depois na telenovela “Lado a Lado“, em 2012.

Beatriz Segall  faleceu em São Paulo, aos 92 anos de idade, em 05 de setembro de 2018, no Hospital Albert Einstein e foi cremada  no Cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra.

 
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