Zilda de Carvalho Espíndola nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no bairro do Estácio, em 31 de março de 1904.
Foi cantora e atriz e, quando menina, foi vizinha do compositor Pixinguinha.
Sua carreira teve início quando estava com 16 anos e cantou maxixes e dançou no Circo Democrático. Logo demonstrou veia cômica e com isso foi convidada para fazer, em 1922 a peça teatral “Nós Pelas Costas”, de J. Praxedes.
Em teatro, começou na Companhia de Pascoal Segreto. Atuou nas peças “Secos e Molhados” e ”Beliza”. Em seguida gravou “Dito e Feito” e “Zig-Zag”, em 1926. Ficou popular na Praça Tiradentes, pois lá se concentravam os admiradores dos espetáculos musicais.
Em 1928, Aracy foi a protagonista de “Miss Brasil”, onde cantou: “Ai, ioiô, eu nasci pra sofrê”, e com essa música ficou famosa no país inteiro. Entre 1929 e 1934, ela trabalhou em várias companhias e em vários espetáculos musicais. Fez ”Compra Um Bonde”; “Laranja da China” e ”Ás Urnas”.
Em 1930, fundou sua pròpria companhia e cinco anos despois foi eleita Rainha do Rádio. Em 1939, foi a Rainha das Atrizes.
Depois disso, Aracy passou a trabalhar exclusivamente na famosa Companhia de Walter Pinto. Ali fez musicais de muito sucesso, como: “É Disso Que Eu Gosto”; “Acredite, se Quiser”; ”Assim …Até Eu”; “Os Quindins de Yayá” e ”A Cabrocha Não É Sopa”.
O último show de Aracy Cortez foi em 1978, quando estrelou o espetáculo “Eterna Aracy”, onde cantou a famosa música “Jura”, de Sinhô.
Quando ela faleceu, em 8 de janeiro de 1985, no Rio de Janeiro, todos os jornais lastimaram, mas escreveram: “Com toda a sua brasilidade, Aracy Cortez foi a primeira grande desbocada do teatro brasileiro”.