MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


ARACY BALABANIAN


O nome verdadeiro de Aracy Balabanian é mesmo Aracy Balabanian, filha de Rafael e Esther Balabanian, um casal armênio, refugiado de guerra, que não sabendo o idioma, montaram uma loja de calçados em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, onde nasceu Aracy, em 22 de fevereiro de 1940. Rafael e Esther eram viúvos, tendo filhos de seus casamentos, e da união deles é que nasceu Aracy. Claro que a menina era muito paparicada. Ensinavam-lhe poesia, dança, e ela tinha que ler jornal.

E foi assim que logo se ligou à seção de arte, televisão, teatro, dos jornais. Depois a família mudou-se para a capital paulista, pois os filhos maiores do casal precisavam estudar. Aos doze anos a menina Aracy viu, pela primeira vez um espetáculo teatral, com a atriz Maria Della Costa. E, já no primeiro impacto, ela viu que aquilo era o que queria fazer para o resto de sua vida. Aracy estudou no Colégio Bandeirantes em São Paulo e sempre foi boa aluna. Assim fez Faculdade de Filosofia, cadeira de Ciências Sociais, e ao mesmo tempo entrou na Escola de Arte Dramática. Mas acabou abandonando, no 3º ano, o curso de Ciências Sociais, mas terminou Arte Dramática com louvor. Estava com 22 anos e com 23 entrou no Teatro Brasileiro de Comédia, com a peça “Ossos do Barão”, de Jorge Amado. Já havia feito “Macbeth”, onde fazia a personagem “Lady Machbeth” na peça de formatura, onde tirou nota 10. O pai Rafael, que não gostava da carreira escolhida pela filha, acabou por se conformar e apoiar.

E aí Aracy Balabanian foi para a Televisão Tupi de SãoPaulo,onde, após alguns trabalhos, fez a grande novela “Antonio Maria”, cujo astro principal era Sergio Cardoso, de quem o pai de Aracy era admirador. Isso facilitou a vida da jovem atriz, pois o pai passou a ser seu fá. Concomitantemente no teatro e na televisão, atuava Aracy. Depois de “Ossos do Barão” fez várias outras peças. Na televisão várias novelas, dentre elas: “O amor tem cara de mulher”. Aracy sempre teve muita dedicação a seus pais. E ambos vieram a falecer, para grande sofrimento de Aracy. Na televisão a atriz viveu uma grande fase, atuando em novelas, como: “Nino, o italianinho” e “A fábrica”, escritas por Geraldo Vietri. Foi quando a TV Globo chamou Aracy para realizar o trabalho “Vila Sesamo”.

Era uma produção em conjunto com a TV Cultura. Essa foi uma experiência maravilhosa , que durou dois anos. Só depois disso é que Aracy Balabanian mudou-se para o Rio de Janeiro, e aí continuou sua carreira de sucesso, na TV Globo. Fez: “Bravo”; “Casarão”, “Coração Alado”; “Angélica”; “Pecado Rasgado”; “Rainha da Sucata”. E foi nessa novela que Aracy voltou às origens genéticas, fez dona Armênia, mãe de três filhões, que ela chamava de “minhas filhinhas”. Aí criou o bordão “Na chon, na chon”. O povo todo repetia essa frase, quando uma coisa não dava certo. O autor da novela, Silvo de Abreu, adorou a personagem. Depois Aracy Balabanian apareceu em “A Próxima Vítima”, onde fazia uma elegante e refinada italiana. E aí aconteceu o “Sai de baixo”. Realizado ao vivo e com público. Esse seriado foi um tremendo sucesso nacional, que ficou no ar entre 1996 e 2001.

Depois disso, esteve nas novelas “Sabor da Paixão” (2002), “Da Cor do Pecado” (2004), “A Lua Me Disse” (2005), “Eterna Magia” (2007) ,”Passione” (2010), “Cheias de Charme” (2012), “Saramandaia” (2013) e “Geração Brasil” (2014).

Sempre na Globo, ainda atuou nestes últimos anos, em seriados diversos e na minissérie “Queridos Amigos” (2008)

Em 2013, no canal Viva (que é das Organizações Globo), atuou em uma série de episódios especiais do humorístico “Sai de Baixo”.

Em teatro propriamente dito, Aracy fez, entre outros: “Oh, que delícia de guerra”, de Adhemar Guerra. Fez ainda “Marat Sade”. Bem antes Aracy havia participado da primeira montagem de “Hair”, sucesso internacional. A atriz ganhou quase todos os prêmios da classe, sendo sempre considerada uma grande atriz.

De temperamento muito dedicado ao trabalho, Aracy jamais esqueceu seus pais. E o pai dizia à ela: “Filha, vá mais devagar. Nós acabamos, mas o mundo não acaba não”. Aracy passou alguns transtornos na vida, mas nunca largou aquilo que mais valoriza: a amizade. E ela é cheia de amigos. É madrinha de filhos de colegas, mas nunca se casou e não tem filhos. Conserva uma maneira simples de ser e jamais começou um trabalho, sem se lembrar do compromisso que tem com seu público. E reza o Pai Nosso e a Ave Maria todos os dias de sua vida. Ela diz que faz isso para agradecer, e dormir bem. É uma grande atriz e uma grande mulher, a Aracy Balabanian.

 
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