Antônio Maria de Araújo Morais nasceu em Recife, capital de Pernambuco. Em 17 de março de 1921 e faleceu no Rio de Janeiro, em 15 de outubro de 1964.
Antônio Maria era cronista, comentarista esportivo, poeta e compositor brasileiro. Atuou em rádio, em agências publicitárias,em televisão e em jornal.
Em rádio:Estava com apenas 17 anos, quando começou a atuar na Rádio Clube de Pernambuco. Mas logo mudou-se para o Rio de Janeiro e foi ser locutor esportivo da Rádio Ipanema, ( Nessa fase foi vizinho de Chacrinha, Fernando Lobo e Dorival Caymi). Mas ficou no Rio só 10 meses. Voltou ao Recife e logo em seguida foi para Fortaleza e começou a trabalhar na Rádio Clube do Ceará. Um ano depois, foi para a Bahia, já como diretor das Emissoras Associadas, de Assis Chateaubriand.
Casamento: Quando passou por Recife, vindo do Rio, conheceu Maria Gonçalves Ferreira e com ela se casou.
Em 1947, já com dois filhos, Antônio Maria voltou para o Rio de Janeiro e foi contratado como diretor artístico da Rádio Tupi.
Em televisão: Tempos depois, Chateaubriand o convidou para ser diretor de produção da TV Tupi, a primeira emissora de televisão, do Rio, inaugurada em 20 de janeiro de 1951.
Em jornal:Nessa ocasião, Antônia Maria começou a escrever crônicas jornalísticas, que foi a espinha de sua obra literária. Em “ O Jornal”, escreveu crônicas diárias por mais de 15 anos, assinando as colunas: “ A Noite É Grande,” “O Jornal de Antônio Maria”..No jornal: “ O Globo” escrevia a coluna: “ Mesa de Pista’. Foi depois para o jornal: “ Última Hora”, onde voltou a escrever: “ O Jornal de Antônio Maria” e inaugurou o “ Romance Policial de Copacabana”, com crônicas e reportagens da capital carioca.
Em rádio novamente:Em 1952, a Rádio Mayrink Veiga começou a fazer bons contratos com personalidades radiofônicas, para fazer concorrência com a Rádio Tupi. Levou Antônio Maria por 50 mil cruzeiros, o maior salário de todo o rádio brasileiro. E ele então comprou um Cadillac, automóvel super luxuoso da época.
Em televisão novamente: Antônio Maria sempre aparecia fazendo perguntas aos convidados, no programa de Oswaldo Sargentelli: “ Preto no Branco”. Uma vez perguntou à importante candidata a deputada Sandra Cavalcanti, se ela era mal- amada. E ela lhe respondeu : “ Posso até ser, mas não fui eu a autora da sua música: “ Ninguém me Ama”.
Em shows:Com Paulo Soledade, Antônio Maria fez muitos shows na Boate Casablanca. Em 1953, subia toda noite ao palco do “ Night And Day”, para apresentar: “ A Mulher e o Diabo”, uma revista de Ary Barroso.
Em agências: Fez jingles publicitários importantes, como por exemplo ,o de “Aurissedine”.
Como compositor musical:Fez músicas de muito sucesso. É autor de: “Menino Grande”,” Ninguém me Ama”, “ Valsa de Uma Cidade”, “ Canção da Volta”, “ Manhã de Carnaval”, “ Samba de Orfeu”, em parceria dom Luiz Bonfá. “ O Amor e a Rosa”, “ As Suas Mãos”, “ Se Eu Morresse Amanhã”, em parceria com Pernambuco.No total 62 composições de Antônio Maria foram gravadas.
Foram ainda seus parceiros: Fernando Lobo, Moacyr Silva, Vinícius de Moraes, Zé da Zilda e Reynaldo Dias Leme. Foram seus interpretes: Nora Ney, Dolores Duran, Elizeth Cardoso, Lúcio Alves, Dóris Monteiro, Jamelão, Ângela Maria, Aracy de Almeida, Agostinho dos Santos, Dircinha Batista, Luiz Bandeira, Claudionor Germano.Nat King Cole gravou de Antônio Maria: “ Ninguém me Ama “ e “ Tuas Mãos”.
Livros publicados: “ O Jornal de Antônio Maria”; “ Com Vocês Antônio Maria”; “Benditas Sejam as Moças”; “ O Diário de Antônio Maria”.
Peças de teatro:”Brasileiro, Profissão Esperança”; “ A Noite é Uma Criança”.
Morte: Antônio Maria sofria do coração. Ele mesmo, com seu jeito sempre brincalhão, dizia: “ Sou um cardisplicente” (cardíaco displicente). Morreu na madrugada de 15 de outubro de 1964, fulminado por um enfarte do miocárdio. Estava com 57 anos de idade.
Curiosidade: Quase todos os seus amigos o chamavam simplesmente de Maria.
