MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


ÂNGELA MARIA


O verdadeiro nome de Ângela Maria era Abelim Maria da Cunha. Ela nasceu em Macaé, cidade do Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1928.

Filha de um pastor protestante, viajou na infância pelas cidades fluminenses de Niterói, São Gonçalo e São João do Meriti. Foi operária tecelã e adorava cantar . Cantava nos coros das igrejas evangélicas, mas queria ir mais longe. Queria cantar no rádio, o que contrariava os princípios do pai.

Assim mesmo, escondida, foi ser caloura e participou de vários programas. Arranjou o nome artístico de Ângela Maria, para o pai não perceber. E assim cantou nos programas “Pescando Estrelas”,”A Hora do Pato”,”Programa de Calouros de Ari Barroso” e,”Trem da Alegria”. Nesse tempo ela era funcionária na General Electric.

Em 1948, conseguiu lugar como cantora no Dancing Avenida. Na noite de estréia cantou”Olhos Verdes”e foi ouvida por Erasmo Silva e Jaime Moreira, dois compositores de samba, que gostaram do que ouviram e a apresentaram a Gilberto Martins, diretor da Rádio Mayrink Veiga. Ângela fez o teste e passou.

Se iniciava aí sua carreira profissional. Em 1951, gravou o disco “Sou Feliz” e “Quando Alguém Vai Embora”, pela RCA Victor. Em 1952, gravou “Não Tenho Você”, que bateu recordes de venda. Ângela cantou nas Rádios Nacional e Mayrink Veiga e foi eleita “Princesa do Rádio”, quando fazia o programa “Canta a Princesa“. Em seguida, ganhou o título de “Rainha do Rádio”. Além disso, ganhou do presidente da República Getúlio Vargas, o apelido de “Sapoti”, com o qual ficou conhecida sempre. Ela se tornou a cantora mais querida do Brasil.

Em 1954, Ângela fez o filme “Rua Sem Sol” e gravou “Fósforo Queimado“. Em seguida vieram os sucessos “Vida de Bailarina”; “Orgulho”;”Ave Maria No Morro”;”Lábios de Mel” e “Babalu“.

Em 1963, Ângela Maria viajou para Portugal e África,onde fez muito sucesso. Na segunda metade da década de 1960, gravou “Gente Humilde”, música de Garoto, Chico Buarque e Vinícius de Moraes, outro grande sucesso.

Em 1975, com 25 anos de carreira de sucesso, a cantora passou a se apresentar mais em locais pequenos, clubes do interior, ambientes onde, diferentes da televisão, sentia-se mais junto ao seu público que amava.

Em 1979, com João da Baiana, participou do documentário “Maxixe- A Dança Perdida”, de Alex Viany. Em 1982, lançou pela gravadora Odeon, “Ângela Maria e Cauby Peixoto“, e começou a se apresentar com ele em shows por todo o Brasil.

Em 1996, foi contratada pela gravada Sony Music e lançou o CD “Amigos“, com a participação de diversos artistas. O disco foi um sucesso e vendeu mais de 500 mil cópias. Ainda gravou “Pela Saudade que me Invade” (1997) e “Só Sucesso” (1998) junto com Agnaldo Timóteo.

Ângela Maria foi, ao lado de Elis Regina, considerada como as mais puras vozes femininas da música popular brasileira.

Ela faleceu em São Paulo, aos 89 anos, em 29 de setembro de 2018, no Hospital  Sancta Maggiori, tendo sido sepultada no Cemitério Congonhas, na capital paulista.

 
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