José Afonso dos Santos Filho nasceu em São João do Piauí, no Piauí, em 17 de abril de 1955.
Seus pais, nordestinos, mudaram-se para Brasília, e foram para a cidade satélite, Gama, onde o garoto passou a infância. Mas o garoto estava com apenas 12 anos quando deixou aquela cidade e transferiu-se para São Paulo, a procura de uma vida melhor. Empregou-se numa pastelaria , na chamada “Boca do Lixo” e ali veio a conhecer José Mojica Marins, o Zé do Caixão e passou a fazer parte da equipe técnica dele e de outros diretores.
Quando voltou a Brasília, com o nome artístico de Afonso Brazza, ele se casou com a atriz Claudete Joubert, que era viúva do diretor Tony Vieira, com quem ele tinha trabalhado, e arranjou emprego de bombeiro na cidade. Assim mesmo quis continuar atuando em cinema, que era a sua vocação.
Como ator, começou em 1975, fazendo o filme “A Filha do Padre”. Em 1976, fez “Traídas pelo Desejo” e “O Trapalhão no Planalto dos Macacos”. Em 1977, fez “As Amantes de Um Canalha”, e em seguida ainda atuou em “O Matador de Escravos”.
Como diretor e também ator, começou em 1985 com “Os Navarros em Trevas de Pistoleiros”. Em 1991, dirigiu ”Shantion Nunca Morre”, e em 1993, seu filme mais conhecido que é “Inferno no Gama”. Ele também dirigiu e atuou em “Gringo não Perdoa, Mata”; ”O Eixo da Morte”; “Tortura Selvagem- A Grade” e “Fuga Sem Destino”.
Afonso Brazza sempre fez filmes muito baratos. Para levantar dinheiro para fazê-los, vendia fitas de vídeo e tinha ajuda de amigos. Usava películas velhas e já usadas e todos os personagens eram dublados. Mesmo assim fez sucesso em sua cidade e nas cidades vizinhas. Os artistas participavam sem cobrar. Até a filha do governador Joaquim Roriz participou de um filme seu.
Afonso Brazza faleceu em 29 de julho de 2003, com 48 anos de idade, em Brasília, em função de uma parada cardiorespiratória causada por um câncer.