Adriano Roberto Canales nasceu em Quatá, no interior de São Paulo, em 19 de fevereiro de 1944.
Ele nasceu em uma família circense e em sua árvore genealógica havia franceses, alemães, italianos e na maioria, espanhóis. O avô veio para a Argentina em 1910 e para o Brasil, mais ou menos em 1920. Foi aqui que nasceu o pai de Adriano, Walter Stuart. Walter, que nasceu no circo, logo ficou fazendo parte dos espetáculos e, quando adulto, casou-se com Mora e tiveram três filhos, um dos quais, Adriano. A infância dele foi também dentro do circo, que ele adorava. Em 1950, o avô vendeu o circo e todos vieram para São Paulo.
Adriano Stuart, com sete anos, foi contratado como ator mirim e o pai Walter e o tio Henrique Canales foram aceitos na direção do estúdio e na produção da TV Tupi de São Paulo. Também foram contratados a tia Catty Stuart, bem como a mãe de Adriano, Mora Stuart. Estava instalado “o circo” na televisão, pois não demorou muito para que o pai lançasse as atrações circenses, no programa que ficou famoso, “Circo Bom-Bril”. Adriano, porém, fez carreira solo. Aparecia no “Grande Teatro Tupi”; no “TV de Vanguarda” e no “TV de Comédia”.
Os papéis foram se sucedendo e logo ele foi convidado para fazer cinema também. Fez “O Sobrado”, em 1956, dirigido por Cassiano Gabus Mendes. Foi ficando adolescente, adaptando-se, e, bem jovem, passou a dirigir programas. Dirigiu “Ritinha Salário Mínimo” e gostou. Ele passou pela TV Record, voltou para a TV Tupi e em 1972 foi para a TV Globo. Escreveu a série “Shazan, Sherife & Cia” e por cinco anos dirigiu “Os Trapalhões”.
Como ator fez novelas na TV Record na década de 1970, “Algemas de Ouro”; “Editora Mayo, Bom Dia”; “Pingo de Gente”; “Os Deuses Estão Mortos” e “Quarenta Anos Depois”, e lá conheceu a atriz Márcia Maria quando faziam a novela “Algemas de Ouro” e se apaixonaram e casaram em uma união que durou menos de dois anos. Ele depois se casou também com a atriz Liza Vieira com quem teve dois filhos.
Dirigiu também vários outros programas de humor na TV Globo como “Estúdio A…Gildo” em 1982; “As Aventuras de Mário Fofoca” em 1982; “Humor Livre” em 1984 e “Bronco” em 1987.
Adriano Stuart achou sempre tempo de fazer Cinema, atuando como ator em “Meu Japão Brasileiro”; “Exorcismo Negro”; “Kung Fu Contra as Bonecas”; “Cada Um Dá o Que Tem”; “Bacalhau”; “Sabendo Usar Não Vai Faltar”; “Chão Bruto” e “Festa”. Foi diretor no Cinema em algumas das produções citadas acima e também em “Os Trapalhões na Guerra dos Planetas”, “A Noite dos Duros”; “O Cinderelo Trapalhão”; “O Rei e os Trapalhões”; “Os Mosqueteiros Trapalhões” e “O Incrível Monstro Trapalhão”.
Depois de sair da TV Globo, Adriano Stuart passou alguns anos sem trabalhar, e sem convites para a TV, resolveu se dedicar ao Cinema, atuando em “Os Matadores” (1997); “Boleiros” (1998); “Urbania” (2001); “O Príncipe” (2002); “Garotas do ABC” (2003); “Crime Delicado” (2005); “Boleiros 2″ (2006) e “Encarnação do Demônio” (2008) .
Adriano Stuart faleceu em São Paulo, aos 68 anos de idade, em 15 de abril de 2012, de uma parada cardiorespiratória.