MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão

A história da TV Gazeta



Durante o governo Juscelino Kubitschek, em 1959, a Fundação Cásper Líbero obteve a concessão para operar um canal de televisão na cidade de São Paulo. Otávio Frias de Oliveira e Carlos Caldeira Filho, do Grupo Frias, que mais tarde passou a controlar a Fundação, colocaram a 1ª imagem da nova estação no ar em 23/06/69, dia em que se expirava o prazo para instalar a emissora. Às 17h45, foi focalizada uma vista da cidade de São Paulo, tendo como letreiro o prefixo do canal 11 e ao fundo a música “Sá Marina”.

Foi um artifício suficiente para segurar a concessão, pois na realidade a emissora só possuía um técnico e ainda não tinha condições de implantar uma programação. Instalada no ponto mais alto da cidade – Av Paulista, 900, aproveitando o equipamento da recém falida TV Excelsior e sem pretensões de competir com as grandes redes, a TV Gazeta, “A Imagem Viva de São Paulo”, só estrearia oficialmente no dia 25/01/70, às 19h, mostrando imagens da nave Apolo XI com um texto narrado pelo locutor Honoré Rodrigues. Naquele dia, apenas uma câmera estava funcionando – as outras 3 estavam pifadas. Sua inauguração fez parte das festividades do 416° aniversário da cidade de São Paulo. O diretor geral era então Marco Aurélio Rodrigues da Costa. Na programação inicial, destacavam-se “Informação e Finanças – a Multiplicação do Dinheiro”, com Joelmir Betting e “Show de Ensino”, com professores, psicólogos e jornalistas julgando um fato ou personagem histórico após uma encenação. Em 1971, chegou a liderar a audiência durante as transmissões do Campeonato Mundial de Basquete.

A programação matutina entrou no ar em 01/05/73. Ao longo dos anos, o canal 11 paulistano foi formando o seu público, com atrações como “Mulheres em Desfile”, “Mesa Redonda” e o “Programa Darcio Campos”, de auditório. Na semana comemorativa de seu 8º aniversário, a Gazeta estreou sua 1ª novela: “Zulmira”, em 26/01/78.

A partir de 09/08/82, a produtora independente de vídeo da Editora Abril ganhou 15 horas semanais na programação. Em março de 1992, a emissora firmou uma parceria com a rede nacional CNT do Paraná, que valeu até 01/06/2000.

Texto retirado do “Almanaque da TV – 50 Anos de Memória e Informação”, Ricardo Xavier (Ed. Objetiva, 2000), com autorização do autor.

Elmo Francfort

Elmo Francfort

É diretor do Museu da TV, Rádio & Cinema. Já escreveu inúmeros livros sobre a história da televisão brasileira, sua área de especialidade.

 
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